Foto: Renan Mattos (Diário)
A partir de junho, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) espera enviar à Justiça Federal os primeiros processos para remoção de casas e empresas às margens da obra de duplicação da travessia urbana de Santa Maria. Segundo informações exclusivas obtidas pela coluna, o envio de processos será feito por partes, priorizando os trechos onde a obra precisa avançar primeiro.
Os julgamentos serão feitos em etapas, por uma Câmara de Conciliação da Justiça Federal, chamando os moradores e empresários por grupos. Os locais onde haverá as primeiras remoções ainda não serão divulgados para não prejudicar as negociações. O trabalho deverá seguir ao longo de todo o segundo semestre deste ano.
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Algumas coisas já são certas. Primeiro, que nem todos os donos de imóveis serão indenizados, pois alguns já haviam recebido indenização nos anos 1970, quando a BR-287 (Faixa de São Pedro) foi construída. Outros proprietários devem receber indenização, enquanto uma parte das famílias, as de baixa renda, poderão receber outras casas para se mudarem. Cada caso será analisado individualmente.
VERBA DA OBRA PODE ACABAR EM AGOSTO
Apesar de haver R$ 49 milhões garantidos para a duplicação da Travessia Urbana este ano, essa verba deve acabar até julho ou agosto. O clima ainda não é de pânico porque, como em anos anteriores, sempre se conseguiu verbas extras ao longo do ano e a obra nunca parou. Porém, será preciso seguir com as articulações políticas em Brasília para obter mais recursos para que a duplicação siga no mesmo ritmo no segundo semestre.
Não dá para descartar totalmente o risco de paralisação da obra, mas a probabilidade é que venham mais verbas, até porque estamos em ano eleitoral e os deputados federais e senadores querem mostrar trabalho, devendo pressionar pela liberação de mais recursos.
Se a duplicação seguir nesse ritmo, deve ficar concluída no final de 2020, levando o dobro do tempo previsto inicialmente, que era de 3 anos.